domingo, 25 de janeiro de 2015

Fim de semana agitado na natação do Náutico

Começou tudo na sexta e só terminou hoje pela manhã, uuuufa, foi um grande fim de semana e um belo início de temporada. 


Na sexta feira, fizemos um treininho no mar em frente ao Náutico. O novo espigão deixou o mar uma piscina, tá muito fácil e seguro nadar por lá! Fizemos um treino regenerativo e no fim fizemos uma pequena Travessia de aproximadamente 500m de distância. Pra apimentar, fizemos isso valendo medalha e quem se deu bem no Masculino foi Washington Nogueira e no feminino Sabrine Araújo.

Foto após o Desafio 10km
No sábado pela manhã, com o objetivo de dar volume ao treino e um pouco de intensidade, fizemos o desafio 10km de natação de revezamentos. Foram composta 3 equipes, cada uma com 6 atletas. Durante a disputa cada atleta realizava caídas de 200m até que sua equipe completasse 10km. Foi muito bacana e disputado até os últimos metros. Pra motivar valeu medalha também! A equipe capitaneada pelo atleta Frederio Munhoz foi a grande campeã do desafio.

Logo após o Desafio 10km, o Náutico organizou a cerimônia dos melhores atletas do clube no ano de 2014. A natação, modéstia a parte, quando se fala de esporte no Náutico, é o cargo-chefe do clube e  é o coração pulsante de nossa agremiação. Na natação tivemos os seguintes agraciados:

Jefferson Lima e Suzanne Ramos
Icaro Feitosa (mirim masculino)
Sara Souza (mirim feminino)
Euler Morais (petiz I masculino)
Júlia Findanza (petiz feminino)
Paulo Miguel (petiz II masculino)
Sabrine Araújo (infantil feminino)
Rhylldson Medeiros (infantil masculino)
Danillo Fernandes (juvenil masculino)
Suzanne Ramos (júnior feminino)
Kauê Moiano (júnior masculino)
Marina Santos (sênior feminino)
Victor Brasil (sênior masculino)
Carlos Alberto Maciel (destaque paralímpico)
Frederico Munhoz (revelação do ano)
Iago Silva (destaque da equipe de transição)

Hoje pela manhã tivemos a conclusão do fim de semana com a Travessia Dragão do Mar, que foi válida ainda pelo Circuito de Maratonas Aquáticas de 2014. O Náutico, mesmo com pouca adesão de seus principais atletas, marcou presença na posições superiores na classificação geral. O grande destaque do Náutico na travessia foi Frederico Munhoz, que foi 2° geral nos 3200m consagrando-se como o campeão do circuito 2014 no Ceará, abrilhantando ainda mais seu belo ano de 2014.   

Veja abaixo a classificação de nossos atletas nas categorias 1200m e 3200m:

Sabrine Araújo - Campeã geral 1200m
1200m feminino
Sabrine Araújo (campeã)

1200m masculino
Rhylldson Medeiros (vice-campeão)
Matheus Dantas (3° lugar)
Samoel Mendes (5° lugar)
Caélison Barbosa (6° lugar)

Pódio geral 3200m - Frederico vice-campeão
3200m masculino
Frederico Munhoz (vice-campeão)
Elígio Brendo Teleciro (4° lugar)
Iago Silva (10° lugar)
Afonso Colares (29° lugar)
Francisco Euler (31° lugar)
João Paulo Neto (61° lugar)
Guilherme Ribeiro (75° lugar)
Jocivan Costa (90° lugar)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Ranking de Atletas infantil ao absoluto CBDA - Participação do Náutico

Saiu recentemente, no repaginado site da CBDA, o ranking nacional 2014 de atletas na categorias Infantil I até o Sênior e Absoluto. Para acessar clique AQUI!

O Náutico, como em todos os anos anteriores, marca presença no Ranking. Este ano, muitos atletas bem cotados no ranking, outros que não entraram tinham condições de entrar e alguns que estiveram presentes, poderiam ter sido ainda melhores em 2014.

RANKING NACIONAL PISCINA DE 25M

Infantil II
Rhylldson Medeiros Silva - 14° lugar nos 50m costas
Juvenil I
Danillo Mota Fernandes - 19° lugar nos 50m costas 
José William dos Santos Sales - 25° lugar nos 100m borboleta / 19° lugar nos 200m borboleta / 18° lugar nos 50m borboleta
Junior I
Kauê Moiano da Silva - 20° lugar nos 100m peito / 25° lugar nos 50m borboleta / 24° lugar nos 50m livre / 12° lugar nos 50m peito

RANKING NACIONAL PISCINA DE 50M

Infantil II
Frederico Guilherme Munhoz Lopes da Costa Chagas - 24° lugar nos 50m Costas
Rhylldson Medeiros Silva - 9° lugar nos 50m costas / 17° lugar nos 100m costas / 18° lugar nos 200m costas
Caélison Santos Barbosa - 14° lugar nos 50m borboleta
Juvenil I
Danillo Mota Fernandes - 18° lugar nos 100m costas / 5° lugar nos 50m costas 
Rafael Viana Silva - 14° lugar nos 50m costas
José William dos Santos Sales - 20° lugar nos 100m borboleta / 22° lugar nos 200m borboleta / 19° lugar nos 50m borboleta
Junior I
Kauê Moiano da Silva - 18° nos 50m borboleta / 19° nos 50m peito 
Sênior 
Marina Silva Santos - 24° lugar nos 200m medley / 22° lugar nos 200m peito / 22° lugar nos 50m peito
Victor Machado Brasil - 25° lugar nos 50m peito

No ranking nacional em piscina de 25m, onde a importância é um pouco menor que na piscina de 50m, o atleta com maior destaque foi Kauê Moiano, que teve 4 passagens no ranking e a melhor qualificação do Náutico sendo TOP 15 nos 50m peito com o 12° lugar. No total o Náutico teve 9 aparições nesse ranking.

No Ranking nacional de piscina de 50m, o mais importante, o Náutico foi ainda melhor! Destaque para Rhylldson Medeiros que conseguiu ser TOP 10 na prova dos 50m costas com o 9° lugar e a melhor performance do ano ficou por conta de Danillo Fernandes sendo TOP 5 na prova dos 50m costas. Neste Ranking, o Náutico obteve 17 aparições, quase o dobro do ranking em piscina de 25m. 

Somando os dois rankings, os atletas com mais aparições foram  Kauê Moiano da Silva e José William dos Santos Sales (mangabeira), ambos com 6 aparições cada. Marina Santos, uma de nossas maiores atletas nos últimos anos, nadou pelo clube apenas no primeiro semestre e apareceu no ranking de 50m por 3 vezes, com certeza, se tivesse nadado os segundo semestre poderia ter melhorado sua participação.

O ranking tem a função de destacar a qualidade dos atletas e por tabela, nos mostra também a qualidade do clube formador, pois dos 9 atletas do Náutico que aparecem no ranking, apenas Victor Brasil e Frederico Munhoz não foram formados pela nossa base. Por tanto, tais dados são importantíssimos para podermos afirmar que nossa equipe tem muita qualidade e talento atrelados e também nos mostra que com um pouco mais de dedicação podemos buscar melhores resultados e pensar cada vez maior.

No geral o Ceará se apresentou da seguinte forma com relação as aparições no Ranking:





O Náutico conseguiu ser o clube com maior número de aparições tanto no Ranking em piscina de 25m quanto no Ranking em piscina de 50m e somando tudo obteve 26 aparições no Ranking 2014.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

"Super Pai" e "Super Mãe"

Olá, feliz 2015 para todos e que esse ano seja de muitas conquistas! 

Começamos o ano com um texto de Alex Pussield, Editor Chefe da Best Swimming Inc., um apaixonado por natação e um dos mais bem sucedidos técnicos de natação e também empresário do esporte, além disso é comentarista número 1 da SPORTV quando o assunto é natação.

O texto é super real, polêmico, crítico, esclarecedor e para muitos poderá ser muito bem aproveitado, ao longo dos seus mais de 40 anos de borda de piscina no Brasil e mundo a fora, ele fala com bastante propriedade sobre o assunto.

O “Super Pai”

Faz um calor infernal no Rio de Janeiro. Rumo a 2016, estou por aqui desde setembro, e nas idas e vindas dos Estados Unidos, estou adorando viver na cidade maravilhosa.
Este intenso verão carioca também me deu uma nova rotina, e das boas. Todos os dias, estou a nadar no meu condomínio, bem a frente do Parque Olímpico da Barra. Não pode haver melhor inspiração.
Nestas pequenas nadadas que vi mais um “Super Pai”. Não é o primeiro, não será o último, apenas mais um capítulo de um personagem conhecido que vi várias vezes, dezenas, talvez centenas em minha carreira de treinador.
Ele é bem intencionado, como todos, ama seus filhos, como todos, e quer fazê-los campeões. Características que morando no sul, no nordeste, no exterior ou na cidade olímpica, são sempre as mesmas.
O “Super Pai” é um personagem de nossa realidade, que por bem ou mal, faz parte do cenário do esporte competitivo.
Tenho de ser sincero, dói ver o par de filhos sofrendo, chorando e reclamando em fazer algo que, naquele momento, está longe de ser prazeiroso. A piscina está ótima, nadar é tão bom, mas as idas e vindas da dupla dos pequenos filhos soa como uma tortura, um martírio.
O “Super Pai” imponente, autoritário, briga com os filhos, e com os banhistas que insistem em cruzar a raia do “treinamento”. Segurando um cronometro daqueles “Made in Chingling”, ele exibe um conhecimento que não tem, um treino que não tem pé, nem cabeça, e que se repete todos os dias.
Em tantos anos de borda de piscina, não posso esconder que já sei onde isso vai parar. A natação, como qualquer esporte competitivo, precisa ser desenvolvida de acordo com a faixa etária, treinamento, competição e exigências são diferenciadas pelas idades.
Os filhos do “Super Pai” as vezes se destacam, conseguem ter alguns resultados, mas a tendência, é o abandono prematuro do esporte. Um dos mais importantes elementos da fase formativa do atleta é o prazer pelo esporte, e o que venho assistindo, não só nas minhas acaloradas tardes, mas por toda a minha carreira, são crianças vítimas deste comportamento despreparado, e por mais bem intencionados que possam ser, nocivo ao esporte e principalmente a formação dos jovens nadadores.
Não é só no meu condomínio aqui na Barra. Eles proliferam em todas as partes do país e, para quem não sabe, até mesmo lá fora. Existem, aos montes.
É fácil identificar um “Super Pai”. Eles são daqueles que gostam de preparar a mochila para o treino, fazem a indispensável vitamina de todo dia. (Pode até deixar de almoçar, mas a vitamina tem de tomar!) Carregam a bolsa com o material do filho até a borda, assistem aos treinos com cronometros, jamais perdem uma competição onde discutem e opinam com mais sabedoria e conhecimento do que Bob Bowman e Dave Salo, combinados é claro.
O “Super Pai” vai além, pesquisa suplementos e novas técnicas na internet, acompanha rankings, resultados e está sempre em busca do melhor traje disponível no mercado.
Por incrível que pareça, nada do que está listado acima está errado, mas tem um fator determinante que diferencia este comportamento da parte nociva de ser um “Super Pai”. É quando você cruza a linha, deixa de ser o que há de mais importante nesta sua profissão PAI, para ser o treinador. Esta cruzada de linha é determinante e onde toda esta boa intenção vira um fator negativo.
No início da minha carreira, me lembro que aprendi algo (errado) que me valeu por alguns anos. “Bom atleta é aquele que é orfão de pai e mãe”. O pensamento de quem começa na profissão e acha que sabe tudo, quer controlar tudo e, sendo jovem, cheio de motivação pensando que tomando o comando terá mais sucesso. Não demorou muito tempo para aprender que estava errado.
Foi um treinador americano, um amigo de longa data, Terry Maul que me ensinou que “Os pais são meus amigos”. Falou aquilo com um sorriso no rosto que representou tanto quanto o pensamento. Como profissional que trabalha com os filhos dos outros, jamais deve ser sua intenção de criar animosidades entre as famílias que estão ao seu lado.
Entretanto, foi com o mestre Jack Nelson que veio a maior lição da relação pai-treinador-filhos que tive em minha carreira. Coach Nelson sempre foi conhecido por ser um americano com estilo brasileiro. Seu abraço forte, seu aperto de mão sincero, sua energia positiva, sempre agregando. Ele também era duro quando precisava ser, mas sempre sincero. Não foram raras as vezes que escutei dele ao tratar com os pais: “Não quero ser o pai de seus filhos, mas não vou deixar você ser o treinador dos meus atletas”.
O lema de Coach Nelson era seguido a risca. Um treinador de sucesso que sempre foi marcante na carreira e na vida de seus atletas. Coach Nelson, como todos nós, também conviveu com “Super Pais”, passou pelos mesmos problemas e situações que convivemos.
Uma das tantas responsabilidades do treinador com seus atletas é fazê-los gostar do esporte que praticam. O prazer pelo treino, pela competição, pela disputa, estão entre nossas tarefas. Daniel Wolokita, treinador radicado no Rio há anos, também me ensinou que o nadador tem de gostar mais de treinar e competir do que de ganhar. Isto porque não se ganha todo dia. Por mais que o “Super Pai” goste do esporte, que os treinadores amem, se o atleta não estiver inserido neste contexto, tudo será em vão.
Este editorial vai mexer com alguns deles. Outros vão reclamar e não darão ouvidos, afinal estão com a melhor das intenções.
Não fiquem brabos comigo, meu objetivo era apenas ajudar, igualzinho a vocês. Vou terminando logo por aqui, está na hora da minha nadada e o calor continua insuportável.
Alex Pussieldi, editor chefe da Best Swimming Inc.
PS1 – O “Super Pai” também pode ser “Super Mãe”, aí elas sabem mais natação do que a Tery McKeever (técnica da Missy Franklin) e da Melanie Marshall (treinadora de Adam Peaty).
PS2 – Este artigo foi feito com figuras fictícias, qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.